WCAG 2.0 – Entenda os princípios da acessibilidade 2.0

Autor: Telium Networks
Publicação: 30/10/2020 às 10:18

Termos como WWW, webpages, sites, páginas, home e uma porção de outros nomes utilizados por aí, praticamente todo mundo que tem contato com tecnologia sabe o que é. Não importa os vários neologismos que apareçam, basta uma breve explicação e qualquer um irá saber o que é.

De fato, é difícil lembrar de tempos antigos em que não tínhamos uma página da internet para qualquer que seja o assunto. Quer arrumar carburador do seu carro? Existe uma infinidade de páginas ensinando, outras milhões com contato fácil para especialistas e até algumas mal-intencionadas esperando o usuário desprevenido clicar.

Utilizamos a web para tudo, do lazer aos negócios, e ao mesmo tempo em que as utilizamos, muitos de nós acabam por criar suas próprias páginas, seja um blog pessoal para compartilhar seus pensamentos e histórias até a página que será o “cartão de visitas” da sua empresa.

Criar uma página, porém, não é tão simples, e se você já acessou portais mal otimizados, sabe que a experiência é frustrante e frequentemente acabamos por desistir.

Imagina agora, estar em uma situação em que boa parte do conteúdo disponível para você não é encontrado de maneira fácil e rápida. Existe milhares de pessoas que se veem nessa situação.

Estar disponível para todos os grupos possíveis, significa não só ter uma maior amplitude de negócios, mas também uma melhor imagem pública.

É uma situação em que a negligência atesta contra a pessoa ou negócio.

 

Acessibilidade

Acessibilidade digital significa estar disponível para pessoas com as mais diversas necessidades.

Entender que existem públicos que necessitam de atenção especial para alcançar o seu serviço ou conteúdo pode significar muito para empresa e usuário.

Por exemplo, uma plataforma de vídeos educativos que não tenha tradução para surdos, opções de áudio para cegos e recursos visuais para daltônicos não irá ser atrativa para essas pessoas com necessidades especiais, gerando uma experiência desconfortável para elas.

Acessibilidade vai além de ser uma decisão comercial, mas também é uma premissa de uma sociedade que busca cada vez mais a inclusão.

 

WCAG 2.0

Entretanto, acessibilidade, por ser um tema que começou a ganhar destaque há pouco tempo, não é tema intuitivo nas demandas por páginas e nem para os programadores que as constroem.

O WCAG 2.0 apresenta diretrizes necessárias para construir um site acessível.

A primeira versão do documento, desenvolvido pela W3C (Consórcio da World Wide Web) foi desenvolvido em 1999, sendo atualizado para a versão 2.0 em 2008 e passando por novas atualizações recentemente.

 

Entendendo o WCAG 2.0

O documento é dividido em 4 princípios com suas recomendações e critérios de sucesso alcançados por técnicas.

Princípios:

·       Perceptível: o primeiro princípio diz que todo conteúdo deve ser apresentado em mais de uma forma, de modo que possa abranger as necessidades especiais da maior parte da audiência, por exemplo, legendas em vídeos, descrições de imagens e traduções em libras são recursos utilizados para atender este princípio;

·       Operável: o segundo princípio diz respeito à capacidade que o usuário terá de operar todas as funções presentes naquele site, com uma codificação que permita a navegação integral apenas pelo teclado e atenção na utilização de cores que possam desencadear ataques epilépticos por exemplo;

·       Compreensível: o terceiro princípio aborda a estrutura textual do site como a escolha de fontes, objetividade do texto e vocabulário, de modo que a página possa ser utilizada sem barreiras por pessoas que apresentem quadros de dislexia ou deficiências intelectuais;

·       Robusto: o último quesito aborda a construção do site e se sua codificação permite a utilização nas mais variadas tecnologias, comportando navegação pelo teclado e utilização de tecnologias acessíveis para pessoas com deficiências motoras.

 

Critérios de Sucesso

Os critérios de sucesso são divididos em 3 categorias que representam a abrangência que aquela página tem com a população:

·       A – Critério mais básico, solucionando apenas as barreiras mais básicas de acessibilidade com a utilização de critérios mais simples;

·       AA – Páginas que contemplam a grande maioria dos usuários, solucionando a maioria das barreiras de acessibilidade;

·       AAA – Este último critério é dado às páginas que apresentam um refinamento maior dos critérios anteriores, seguindo definições mais detalhadas e utilizando um nível mais sofisticado de acessibilidade.

A utilização das diretrizes do WCAG garante que sua página está disponível para os mais diversos públicos e não pode ser mensurada apenas como um ganho mercadológico, mas sim como a possibilidade de fornecer uma vida melhor para milhões de pessoas que anteriormente estavam privadas do seu conteúdo web.