Sha 256 – você sabe o que é?

Autor: Telium Networks
Publicação: 12/08/2022 às 11:00

Quando falamos no universo online, uma dúvida frequente que vem à mente do usuário é: como saber se algo, plenamente digital, é autêntico?

Com o advento das criptomoedas e NFTs nos últimos anos, essa pequena dúvida se tornou uma grande preocupação, afinal, autenticar um item digital se tornou necessário no contexto atual de mercado, especialmente com a relativa facilidade que um item virtual pode ser duplicado.

Dessa forma, segurança digital tornou-se um tópico recorrente e as técnicas de autenticação ganharam espaço relevante nas discussões sobre o tema.

Por isso, hoje iremos explorar um pouco mais esse lado da segurança digital e dos algoritmos de autenticação, em especial, o SHA256.

 

Hashing

Quando falamos em autenticação, o primeiro conceito que precisamos conhecer é o “Hashing”, o que ele é o que ele faz.

Hashing é o processo de converter um input (entrada de informação) de qualquer tamanho em uma linha fixa de texto, usando uma função matemática.

Isso significa que qualquer texto, não importa o quão longo seja, será convertido em um arranjo de letras e números por meio de um algoritmo.

Por exemplo, se pegarmos toda a trilogia de livros do “Harry Potter” e passarmos por um processo de hashing simples, iremos obter um arranjo de letras e números, chamado de hash value (valor hash) que representa todo aquele texto.

O algoritmo responsável pelo hashing irá produzir um hashvalue de tamanho fixo, ou seja, todo o texto de todos livros da saga Harry Potter poderia ser convertido em um hash value de apenas 64 caracteres.

Assim, podemos simplificar todo o processo de hashing da seguinte forma:

Input + hash function = hash value

 

Qualidades do algoritmo

Como tudo no mundo digital, existe uma grande variedade de algoritmos de hashing, como o próprio SHA256. Para que eles tenham algum valor, no entanto, eles devem possuir algumas qualidades:

·        Unicidade – todo hashvalue deve ser único. Isso significa que deve ser absolutamente impossível obter o mesmo hashvalue ao inserir informações diferentes.

·        Velocidade de operação – para que o algoritmo seja eficiente, ele deve produzir rapidamente os hashvalues;

·        Segurança – deduzir o input baseado apenas no hashvalue deve ser impossível.

Essas características fazem com que seja impossível extrair informações apenas com o hashvalue, uma vez que uma pequena mudança no input irá gerar um código completamente único e diferente.

 

Hashing, blockchain e criptomoedas

Tanto para o blockchain como para as criptomoedas, o processo de hashing é fundamental. Afinal, é por meio dele que é possível identificar todas as operações realizadas dentro do blockchain.

Por exemplo, quando uma transação de bitcoins ocorre, bits de informações sobre a mesma passam pelo processo de hashing, gerando um hashvalue capaz de identificar aquela transação em específico.

Esse processo torna o processo de mineração e transação de criptomoedas extremamente seguro, uma vez que cada transação é única e está gravada no blockchain, podendo ser identificada por meio de hashvalues.

Para NFTs, o processo de hashing é ainda mais importante, sendo um dos pilares da tecnologia, pois é exatamente uma hashvalue que irá detalhar a sua posse sobre um produto digital, além de autenticar o mesmo.

 

Sha 256

Finalmente, agora que entendemos todo o processo de hashing, podemos falar da tecnologia em si.

O Secure Hash Algorithm (SHA) é um produto da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) e NIST (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia). Ele foi criado em 1993, chamado então de SHA-0, com o objetivo de gerar códigos exclusivos com base em um padrão com o qual documentos e dados de computador possam ser protegidos contra alterações.

Para que isso seja possível, ele funciona em sentido único, ou seja, documentos geram um hashvalue, mas você não consegue gerar um documento por meio de um hashvalue.

Dessa forma, para verificar a autenticidade de um documento virtual, basta fazer o processo de hashing e verificar se o output é o mesmo que você possui em mãos. Se houver qualquer alteração no documento, o hashvalue gerado será completamente diferente.

 

Confiabilidade e privacidade

O SHA256 é considerado extremamente seguro, ao mesmo tempo em que possibilita um alto poder computacional. Graças a essas características ele é utilizado para mineração de bitcoins e pela própria NSA nos Estados Unidos.

Como explicamos antes, existe uma grande variedade desses algoritmos, mas os princípios serão sempre os mesmos, com a informação (input) entrando e um código de hash sendo gerado na outra ponta.

As diferenças para o SHA256 para os outros estão exatamente na sua capacidade computacional ao mesmo tempo em que mantém altos níveis de segurança.

Algoritmos mais simples podem pender facilmente para uma das pontas, sendo extremamente seguro, porém, com baixíssimo poder computacional ou sendo muito ágil sacrificando a segurança.