Recuperação de desastres ou continuidade dos negócios? Veja o que garantir
Autor: Telium Networks
Publicação: 14/09/2018 às 02:31
Vivemos em uma era em que todos os processos corporativos — e até os não-empresariais — são dependentes da Tecnologia da Informação. É fundamental, portanto, ter uma estratégia para garantir que ela estará sempre disponível e ajudará a manter a qualidade do serviço prestado pela empresa.
É comum que, em tempos de estabilidade, esqueçamos que incidentes podem ocorrer. Olhando por um viés positivo, muitas companhias tendem a não prestar atenção à necessidade de ter um plano que contemple situações extremas, mesmo que seja pouco provável que elas aconteçam.
Entram aí duas metodologias importantes: a recuperação de desastres e a continuidade de negócios. São processos distintos que ajudam as companhias em diferentes circunstâncias: da queda de energia provocada por uma tempestade a um incêndio na empresa, passando por situações de roubo.
Venha conhecer melhor esses conceitos, as diferenças entre eles e como podem ajudar sua empresa, caso ela enfrente um cenário fora do comum. A ideia é prevenir consequências que comprometam a operação e, ao mesmo tempo, reduzir custos e assegurar a produtividade. Boa leitura!
Recuperação de desastres
É por meio desse processo que a empresa pode restaurar suas aplicações corporativas depois de passar por um incidente. Esses desastres podem ser naturais (inundações e desabamentos, por exemplo) ou provocados (incêndios, sabotagens e outros).
Um dos casos mais simbólicos de calamidade foram os ataques terroristas ao World Trade Center (o WTC, em Nova York), em 2001 — na época, planos de recuperação de desastre não eram comuns. Um ataque virtual causado por um vírus, porém, embora de menor proporção, pode ser bastante danoso para uma empresa.
Ainda hoje, apesar de todos os exemplos e de toda a informação disponíveis, muitas organizações ainda não estão preparadas para se recuperar em caso de infortúnio. O restabelecimento ágil das atividades é essencial para garantir a produtividade, os resultados e, consequentemente, a sobrevivência da companhia.
Esse tipo de planejamento envolve, principalmente, a prevenção de incidentes com o objetivo de proteger as informações da organização. Seu objetivo, porém, vai além da prevenção de riscos: a ideia é remediar as consequências do incidente, que podem ter pequenas, médias ou grandes proporções.
O plano deve descrever as medidas necessárias para a retomada das atividades da empresa no menor tempo possível. Assim, a companhia sofre menos prejuízos e garante que sua produtividade e seus resultados não sejam afetados permanentemente caso passe por uma situação do tipo.
Comunicação de dados
A comunicação de dados funciona, principalmente, pela internet. Assim, um plano de recuperação de desastres deve incluir um sistema de comunicação de dados seguro, ágil e eficiente.
Redundância
A redundância — de dados, arquivos e recursos — é uma das opções para garantir a eficácia do plano de recuperação de desastre. Um data center primário, com no breaks, geradores e outros recursos, evita que informações sejam perdidas e que aplicações e arquivos sejam corrompidos em caso de queda de energia.
Se a empresa tiver condições financeiras, é recomendável que implante, ainda, um data center secundário. É nele que os dados serão replicados para garantir a redundância de arquivos e recursos.
Backup
A rotina de backup é fundamental para que os arquivos sejam mantidos em alto nível de segurança. É importante que ela seja feita com frequência e que testes periódicos validem a sua qualidade.
Os backups devem ser armazenados, preferencialmente, tanto em soluções de computação em nuvem quanto em unidades físicas. As unidades físicas devem ficar em lugares distintos por precaução e para garantir sua disponibilidade.
Continuidade de negócios
Com uma abordagem mais abrangente, o plano de continuidade de negócios serve para assegurar que a empresa continue operando mesmo que passe por algum tipo de adversidade ou situação de interrupção: desastres, a saída de um funcionário-chave, problemas com parceiros e outros.
Essas dificuldades podem acontecer a qualquer momento e, em geral, vêm quando menos se espera. O plano de continuidade de negócios é o conjunto de estratégias e ações preventivas que garantem o funcionamento dos serviços essenciais da organização em diferentes cenários de falhas até que a situação volte ao normal.
É um planejamento bem elaborado que ajuda a empresa a garantir sua perenidade e sua sobrevivência diante de circunstâncias inesperadas. Além disso, um plano como esse permite que a organização tenha uma visão integral e abrangente de seus processos operacionais.
Ou seja, esse plano busca criar normas e padrões para que a corporação recupere, retome e prossiga com seus processos de negócio caso enfrente uma situação desastrosa. A ideia é que a companhia possa evitar danos que tragam prejuízos.
Como fazer
O plano de continuidade de negócios deve ser adaptado às necessidades da empresa em questão, mas há requisitos essenciais a serem considerados na hora de elaborá-lo. Confira:
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ameaças: o que pode acontecer;
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impacto: como as ameaças podem afetar o negócio;
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planejamento: quais atitudes são necessárias para a retomada das operações.
Em geral, esse planejamento é estruturado em planos menores. Saiba como:
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contingência (emergência): define tanto as necessidades quanto as ações imediatas a serem adotadas quando todas as prevenções falham;
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administração (gerenciamento de crise): determina funções e responsabilidades a serem assumidas antes, durante e depois do incidente;
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recuperação de desastres: aponta as ações a serem tomadas, assim que a contingência for controlada e a crise superada, para que a empresa retome sua atividade operacional;
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continuidade operacional: restabelece o funcionamento dos principais ativos envolvidos nas operações da companhia, bem como reduz o tempo de interrupção e os impactos provocados pelo incidente.
Qual a melhor opção
Para definir qual o plano necessário para uma organização, é essencial que toda a empresa trabalhe em conjunto. É com base nos seus indicadores e na avaliação de quais sistemas e unidades de negócios são cruciais para a atividade operacional que a melhor opção deve ser escolhida.
Essas informações auxiliam na determinação dos responsáveis pelas ações e medidas subsequentes ao desastre para que seus efeitos sejam minimizados. O plano deve, ainda, definir o processo a ser seguido para garantir que os colaboradores sejam localizados e comunicados durante ou após a ocorrência.
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