Quais as principais previsões sobre cibersegurança para 2019?
Autor: Telium Networks
Publicação: 14/01/2019 às 08:48
Os anos de 2017 e 2018 foram marcados por vazamento de dados em grandes empresas, como Amazon, Facebook e Google. Houve também os ataques de ransomware que criptografaram e roubaram dados de centenas de empresas ao redor do mundo. Esses são só alguns exemplos de como a cibersegurança é um assunto que cada vez mais merece a atenção das empresas.
E será esse o assunto deste post. Vamos falar sobre as principais previsões sobre cibersegurança para 2019 para que a sua empresa invista da melhor maneira possível em proteção digital. Vamos falar de biometria, autenticação multifatorial, segurança de dados entre outros assuntos. Ficou interessado? Então faça uma boa leitura.
Reconhecimento individual
Existem duas tendências para o reconhecimento individual de pessoas: biometria e identificação facial. Essas tecnologias estão ganhando popularidade depois de suas implementações em smartphones mais novos.
A tecnologia de biometria é segura e rápida na detecção da digital do usuário. Ela se tornou popular no Brasil com o lançamento do Moto G5, que é um celular mais acessível no mercado. Hoje, smartphones de ponta como iPhone X e Galaxy S9 já vem com recursos de identificação facial, que funcionam muito bem.
Outra tendência que se popularizará em 2019 no ramo de identificação pessoal é o reconhecimento por voz. Os desenvolvedores estão desenvolvendo algoritmos cada vez mais confiáveis para reconhecer a voz em tempo hábil.
Autenticação multifatorial
Algumas empresas já estão adotando a autenticação em 2 passos, que geralmente pede ao usuário a senha e uma confirmação de código enviada para o seu celular ou e-mail.
Para aumentar essa segurança, a verificação multifatorial está ganhando mais adeptos no mercado. Essas autenticações usarão softwares de identificação de comportamento do usuário para detectar anomalias no sistema.
Além disso, esse sistema já vem sendo implementado em carros de ponta que contam com inteligência artificial, tecnologia que aprende como o motorista do carro dirige. Ao detectar um jeito diferente de direção, o carro dispara o alarme e desliga sozinho. A tendência em 2019 é que essa ferramenta se popularize em diferentes dispositivos.
Criptomoedas
As criptomoedas continuam sendo tendência e ganharam os noticiários do mundo com o aumento crescente de usuários interessados em obtê-las. Foram criados também diferentes tipos de criptomoedas para concorrer com o famoso Bitcoin. Esse interesse popular desperta também a atenção de cibercriminosos que veem a oportunidade de aplicar novos golpes em usuários que possuem essas moedas.
O que acontece é que muitos golpes aplicados na internet estão exigindo criptomoedas como pagamento. Por isso, a falta de regulação dessas moedas também está causando uma especulação sobre seu futuro. Apesar de o blockchain garantir a segurança na transação entre os envolvidos, a relação de anonimato anda causando desconfiança no mercado.
A tendência é que, em 2019, governos e organizações poderosas se envolvam com o intuito de regularizar e unificar as criptomoedas para que casos de fraudes e ataques que as usam como forma de pagamento sejam evitados.
Privacidade dos dados
Em 2018, a GDPR, lei que regulariza a privacidade de dados dos cidadãos europeus, entrou em vigor. Essa lei afetou o mundo todo e vários serviços tiveram que alterar sua política de privacidade.
O movimento gerou uma tendência sobre a segurança e proteção de dados, principalmente depois dos escândalos de vazamento de do Facebook. Aqui no Brasil, foi aprovada uma lei similar, que entrará em vigor em 2019.
A grande tendência para o ano que vem é que o usuário tenha mais autonomia sobre os dados de cadastros que ele fornece. As empresas serão obrigadas a requisitar uma quantidade menor de dados, reduzindo os impactos em casos de acidentes. Além do mais, os usuários poderão solicitar para as empresas a total exclusão de seus dados e assim evitar roubos.
Fake news
As fake news podem representar o maior problema para a cibersegurança em 2019. Esse é um movimento crescente e desenfreado que está surgindo nas redes sociais, principalmente no WhatsApp. Usuários estão disseminando notícias falsas para caluniar empresas e aplicar golpes online.
Esse é um problema que ainda não tem uma solução concreta e que está sendo discutida em todas as esferas de poder. Uma das medidas na pauta para aumentar a cibersegurança é usar dispositivos com mecanismos de assinaturas digitais para realizar a identificação de disseminadores de conteúdos falsos.
Internet das coisas
A internet das coisas esteve no centro das atenções de novidades tecnológicas em 2018. No entanto, pouco foi discutido sobre os problemas de segurança que essa tecnologia traz. Os aparelhos inteligentes podem ser atacados em diferentes camadas da rede como na nuvem, durante a comunicação ou nos próprios dispositivos.
A concorrência desenfreada para dominar o mercado de IoT levou a um desleixo quanto à segurança desses dispositivos e muitos componentes estão saindo vulneráveis da fábrica. Por isso, 2019 pode ser marcado por um grande ataque hacker que use IoT como porta de entrada. Enquanto isso não acontece, os entusiastas da tecnologia estão procurando formas de padronizar os protocolos de segurança desses aparelhos.
Inteligência artificial
A inteligência artificial, principalmente na área de machine learning, vem sendo usada na cibersegurança. Os hackers têm desenvolvido algoritmos capazes de detectar com mais facilidade vulnerabilidades na rede. E, por meio dessas detecções, mais ataques podem ser feitos.
Porém, o machine learning também vem sendo usado para a segurança dos dispositivos. Firewalls modernos estão com tecnologias de detecção automática de anomalias na rede, usando recursos de inteligência artificial. Isso é o que chamamos de biometria comportamental.
A tendência para 2019 é que mais aplicações utilizem a biometria comportamental como mecanismos de defesa. Não apenas para detecção de ataques ou comportamentos estranhos na rede, mas em dispositivos e avaliação de usuários.
Os meios de ataque hacker evoluem a uma velocidade assustadora. Eles estão sempre um passo à frente em achar uma nova brecha para ser explorada em novos crimes. A cibersegurança corre atrás tentando prever os novos movimentos dos criminosos. Para o usuário final, é importante se manter informado e se prevenir contra possíveis ameaças que ganharão mais espaço no futuro.
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