O fim das cryptomoedas? Saiba porque as exchanges estão falindo!

Autor: Telium Networks
Publicação: 06/01/2023 às 11:00

Há alguns anos, as criptomoedas surgiram como uma novidade que revolucionaria o mercado, as relações comerciais e a própria sociedade com uma tecnologia que  permitiria transações seguras e sem rastros, fazendo com que seu universo de aplicações fosse praticamente infinito. De fato, desde então, as criptomoedas conquistaram espaço em nosso dia-a-dia, sendo, cada vez mais, consideradas seguras e consolidadas e ganhando a confiança do público. Não à toa, esses ativos se valorizaram de maneira exponencial e atraíram a atenção de milhões de investidores em todo o mundo.

Entretanto, recentes crises no mercado das criptomoedas têm despertado a insegurança do público e levantado dúvidas. Afinal, as criptomoedas são uma boa opção de investimento? Por que vemos algumas exchanges falindo? O que isso quer dizer?

O que são exchanges?

As exchanges, são as empresas, também conhecidas como corretoras, responsáveis por intermediar as operações entre quem compra e quem vende os ativos digitais, criptomoedas, cobrando por esse serviço como forma de sustentar seu modelo de negócio.

Exchanges falindo? Como o caso FTX ajuda a explicar as vulnerabilidades do mercado das criptomoedas

O recente estouro da crise da plataforma de criptomoedas FTX, uma gigantesca exchange que atende outras empresas menores, vem sendo interpretado como um mau sinal para os investidores do setor. A queda na cotação das principais criptomoedas do mercado mundial, como o BitCoin (BTC) e Ethereum (ETH), fez com que o sistema da empresa não suportasse a demanda e colapsasse, gerando uma reação em cadeia que deixou um rastro de prejuízos pelo caminho.

O que aconteceu é que, com a indisponibilidade dos recursos na plataforma da FTX, outras empresas de criptoativos, que tinham na FTX uma concentração alta de seu patrimônio, se viram obrigadas a congelar saques e movimentações de seus clientes, o que gerou uma reação em cadeia dos mercados.

Em um curto espaço de tempo, empresas foram às redes sociais e à imprensa declarar demissões, interrupção de operações e até falência, em casos mais extremos. Entre os dias 11 e 14 de novembro, por exemplo, três delas revelaram um cenário de crise.

A primeira foi a Galois, que anunciou ter grande parte de seus recursos “presos” na FTX e tinha, na época, ativos no valor de US$ 50 milhões de dólares na plataforma, segundo o Financial Times.

Outra que tentou retirar seus ativos da plataforma foi a New Huo Technology, proprietária da plataforma cripto Hbit Limited. Mais de US$ 18 milhões da empresa foram retidos sendo que desse valor, US$ 13,2 milhões eram propriedade dos usuários da exchange.

A Netscoin, também anunciou, no dia 14 de novembro, que não conseguiu resgatar seus fundos da FTX. Em carta, o CEO Yele Bademosi informou, além da possível perda, a demissão de funcionários por falta de capacidade para honrar compromissos operacionais.

Jimmy Song, um dos maiores especialistas do ramo, alerta que, assim como com a plataforma da FTX, a própria criptomoeda Ethereum (ETH) tem risco de colapsar. Song afirma que a centralização do gerenciamento da ETH é sua principal vulnerabilidade. Vale destacar que Jimmy Song é considerado no meio como um grande defensor da BitCoin (BTC) como a única criptomoeda efetivamente segura do sistema.