Conheça a tecnologia 5G e outras tendências para o mercado de telecomunicações

Autor: Telium Networks
Publicação: 14/09/2018 às 01:54

Após quatro gerações de conexão móvel sem fio, a tecnologia 5G já está em testes por diversas empresas; especialistas estimam que seu impacto será imenso para pessoas e empresas. A expectativa quanto aos efeitos desse ápice da transformação digital é tão grande que, em meados de 2015, quando o 4G mal havia chegado ao Brasil, multinacionais do mercado de telecomunicações já anunciavam o início de testes com redes 5G no Brasil.

Hoje você vai entender por que essa inovação no setor de telecomunicações é tão aguardada e a razão pela qual você precisa preparar sua infraestrutura de TIC desde já para tirar proveito dessa tecnologia que vai redefinir o conceito de mobilidade corporativa!

A tecnologia 5G como porta aberta para a inovação

O que todos estão de olho na chegada da rede 5G é na consequente revolução que essa tecnologia tende a provocar com o estímulo de inovações, dentre as quais a malha digital é a mais importante. Chamada também de malha de dispositivos, esse fenômeno será o resultado da fusão sem precedentes entre tecnologias como IoT, realidade virtual e aprendizado de máquina (machine learning), as quais ajudarão a criar uma imensa rede de dispositivos móveis, para a web, para desktop e para objetos inteligentes.

Toda essa interconexão será vista pelos usuários como um único sistema. Imagine acionar controladores de temperatura em sua geladeira por meio do painel do carro (antes mesmo de entrar em casa), ou ter fábricas “inteligentes”, cujas ferramentas possuem autonomia para lidar com cada peça na linha de montagem, pensando por “si mesmas” com o auxílio de redes neurais artificiais?

Para que todas essas transformações saiam do papel, é preciso aprimorar a estrutura de telecomunicações atual. Os próximos anos exigirão uma demanda cada vez maior por largura de banda e por conexões mais estáveis e eficientes, o que explica por que a tecnologia 5G é o passo mais ousado em direção ao futuro.

Afinal, o que é 5G?

Esqueça a era da mobilidade como sinônimo exclusivo de smartphones. Segundo relatório da Cisco, em 2015, havia cerca de 25 bilhões de dispositivos conectados, metade do número estimado para 2020. Estamos próximos de uma era em que absolutamente tudo será conectado, de móveis a ferramentas, passando por roupas e automóveis.

O padrão 4G de conexão móvel não possui capacidade, tampouco estabilidade para lidar com essa nova etapa da transformação digital, especialmente quando falamos de aplicações de missão crítica. Seria o caso de relógios inteligentes, que monitoram as reações orgânicas dos pacientes (a distância) ou de painéis conectados que guiam carros autônomos.

Nesses dois casos, a tradicional lentidão repentina na conexão 4G e suas instabilidades frequentes provocariam verdadeiro caos social, com risco de acidentes e até mortes. A tecnologia 5G está sendo testada para permitir que mundo real e digital se misturem permanentemente, sem instabilidades e com capacidade de tráfego de dados sem precedentes.

O que vai mudar com a tecnologia 5G?

Velocidade

Com expectativa para começar a ser comercializada em 2020, a tecnologia 5G poderá ter velocidade de 20 Gbps, o bastante para fazer o download um filme HD em incríveis 10 segundos!

Para você ter uma ideia, nos dias de hoje, a velocidade de transferência do 4G LTE chega a 1 gigabit por segundo (Gbps), considerando o melhor dos cenários.

Ampliação de bandas a níveis jamais imaginados

As informações geradas em um smartphone (dados, voz, vídeo) são convertidas em sinais elétricos, que são encaminhadas a uma estação receptora por meio de rádio. Em seguida, esses sinais passam pela rede, até que cheguem ao seu destino. No 5G, haverá certamente frequências mais amplas e aumento de banda para essas transmissões.

As faixas máximas de 20 MHz, comuns nas redes 4G atuais, devem passar a patamares próximos a 60 GHz. Isso significa muito mais eficiência no tráfego de informações, virtude que, aliada às duas vantagens citadas acima, poderão, enfim, construir a base para o desenvolvimento de uma rede de dispositivos e objetos conectados non-stop e com muito mais confiabilidade.

Latência

Em uma rede, latência é sinônimo de atraso. Trata-se de uma expressão que indica o tempo mínimo necessário para que dados migrem de um local a outro. No momento em que um usuário dá um comando em alguma página da internet por meio do smartphone, há um período de espera para que sua solicitação se converta em ação, e é esse timing que explica muitas das instabilidades ocorridas atualmente no tráfego de dados.

Segundo dados da Teleco, portal que é referência em dados estatísticos do setor de telecom nacional, o tempo médio de latência na tecnologia 4G circula em torno de 10 milissegundos. Com o 5G, estima-se que esse tempo caia para apenas 1 ms.

 

Como as empresas tirarão proveito da rede 5G?

Se você gerencia uma empresa, independentemente do porte, é preciso compreender, de início, que a sociedade vem mudando e a tecnologia é tão somente uma tentativa de adaptar recursos a essas mutações. Conforme destacado por especialistas em Ciência de Dados, muitas famílias questionam por que seus filhos tiram 10.000 fotos por dia. O que os pais não entendem é que eles não estão armazenando imagens, como fazíamos há 20 anos. Eles estão “falando”.

Assimilar esse processo de transição é fundamental para que as empresas saibam como fazer uso do 5G em sua área para atingir em cheio as expectativas de seus consumidores e, assim, ter vantagem competitiva no mercado.

Dois exemplos recentes de como essa nova rede pode afetar a produtividade das empresas. O primeiro deles vem da Bosch, gigante alemã do setor de engenharia eletrônica. No final de 2016, ela fechou um acordo com uma empresa especialista em softwares para dar início ao projeto que visa conectar absolutamente tudo o que existe em seu parque industrial, de soldas, a chaves de fenda, de maquinários a automóveis.

Com uma tecnologia em telecomunicações mais moderna e a Internet das Coisas fora do papel, será possível, por exemplo, que uma chave de fenda saiba exatamente o torque no ajuste de cada peça, reduzindo as falhas por erro humano, aumentando a produtividade e, assim, ampliando a margem de lucro da fábrica.

O outro exemplo vem do Google e da Sony. Enquanto o primeiro já começou a fabricar uma lente de contato para controle de diabetes por sistemas inteligentes, a Sony patenteou, em 2016, a criação de lentes de contato com câmeras embutidas.

Para que todo esse arsenal de objetos seja permanentemente conectado, será preciso uma tecnologia 5G de alta performance, que dará suporte para inovações verdadeiramente disruptivas em nosso cotidiano, como novos usos da realidade virtual/aumentada (realização de cirurgias não invasivas), sistemas autônomos baseados em redes neurais artificiais (carros inteligentes) e uma malha digital que interconecte permanentemente sistemas, pessoas e objetos.

A propósito, sua empresa está adaptando sua infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para essas novas demandas que surgirão como consequência da tecnologia 5G? Compartilhe este post nas suas redes sociais e leve mais conhecimento para os seus contatos!